As mulheres podem até demorar um pouco para tomar consciência disso, mas a verdade é que, infelizmente, a rivalidade feminina é algo enraizado na nossa sociedade. Seja no ambiente de trabalho, na escola ou nas relações afetivas, mulheres competem entre si e reforçam a ideia de que o sexo feminino deve estar numa disputa constante, mas será que precisa mesmo ser assim?
Ao contrário do que muita gente ainda pode acreditar, falsidade, rivalidade e inveja não são características intrínsecas à condição feminina e, assim como os homens, as mulheres experimentam todos os tipos de sentimentos. O que acontece, porém, é que essa rivalidade é estimulada desde cedo, sendo muitas vezes agravada por problemas de autoestima ou por falta de um olhar mais crítico para essa situação toda.
Já parou para pensar pelo que é essa disputa? Afinal, de que importa se fulana tem um salário maior que o seu? Ou então que o seu namorado é mais bonito que o dela? Muitas vezes, enxergamos mulheres como inimigas que precisamos derrotar, mas isso só nos faz gastar energia enquanto deveríamos focar em lutar contra nosso verdadeiro inimigo: o machismo. E não, aqui não estamos falando sobre levantar bandeiras!
Em um mundo ideal, as mulheres parariam de incitar a inveja e a competição e entenderiam que, a partir do momento em que uma consegue “vencer” em algo, essa passa a ser uma conquista de todas as mulheres. Se você – mesmo que só lá no fundinho do seu coração – já se deu conta disso e quer construir uma sociedade melhor, veja abaixoo que podemos fazer para desestimular a competição entre mulheres.
Elevar a autoestima das meninas desde cedo
Autoestima e autoconfiança andam juntas. Quando você está segura de si, você se sente mais segura e completa e não vê necessidade de entrar em competições desnecessárias. Por isso, é muito importante elevar a autoestima das mulheres ao seu redor, reforçando desde a infância o quanto elas são incríveis, fortes, lindas e inteligentes.
Ensinar meninas que elas não precisam ser melhores do que ninguém
Muitos pais, com o desejo de ver o sucesso da criança – ou até mesmo da adolescente – em tudo, acabam dando a entender que ela precisa ser uma pessoa melhor que os outros. No caso das meninas, é importante não dizer que elas são mais bonitas e inteligentes que as amigas, por exemplo. Enalteça pessoas sem que para isso seja necessário diminuir outras!
Reforçar sempre que mulheres não são inimigas
A palavra “inimiga” se popularizou como uma expressão que faz referência à rivalidade feminina, mas esse termo pode ser bastante prejudicial para a convivência entre mulheres. Chamar qualquer pessoa de “inimiga” sem que ela tenha de fato criado um motivo para essa inimizade só reforça a ideia equivocada de que somente os homens são capazes de criar laços verdadeiros.
Praticar a sororidade
Podemos dizer que sororidade é o contrário de rivalidade, uma vez que ela consiste no não julgamento prévio entre as próprias mulheres. A sororidade é a união que se baseia na empatia, na irmandade e no companheirismo. Ela ajuda a desconstruir a ideia de que mulheres podem odiar umas às outras e, com isso, desestimula o ódio e a competição entre elas. Fale sobre esse conceito com as mulheres ao seu redor e como colocá-lo em prática!
Parar de reproduzir discursos preconceituosos
Quem nunca se pegou generalizando mulheres? Clichês preconceituosos como “mulher é tudo igual” ou “todas mulheres são falsas” contribuem para que até mesmo as próprias mulheres construam uma imagem negativa sobre o sexo feminino. Por isso, tente controlar suas falas, evite reproduzir esses discursos preconceituosos e, de preferência, interfira sempre que eles forem ditos.
Por fim, lembre sempre que nessa sociedade machista, mulheres devem ser unidas e não rivais. Juntas somos mais fortes!